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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

DIA 13/10/2012, FESTA EM HOMENAGEM AO POVO CIGANO DO ORIENTE, NO HORÁRIO A COMEÇAR AS 18:00HS

Oração a Nossa Senhora Aparecida

Ó incomparável Senhora da Conceição Aparecida,
Mãe de Deus, Rainha dos Anjos,
Advogada dos pecadores,
refúgio e consolação dos aflitos e atribulados,
Virgem Santíssima,
cheia de poder e de bondade,
lançai sobre nós um olhar favorável,
para que sejamos socorridos por vós,
em todas as necessidades em que nos acharmos.
Lembrai-vos, ó clementíssima Mãe Aparecida,
que nunca se ouviu dizer
que algum daqueles que têm a vós recorrido,
invocado vosso santíssimo nome
e implorado a vossa singular proteção,
fosse por vós abandonado.
Animados com esta confiança,
a vós recorremos.
Tomamo-vos para sempre por nossa Mãe,
nossa protetora, consolação e guia,
esperança e luz na hora da nossa morte.
Livrai-nos de tudo o que possa ofender-vos
e ao vosso Santíssimo Filho, Jesus.
Preservai-nos de todos os perigos
da alma e do corpo;
dirigi-nos em todos os assuntos espirituais e temporais.



Amem.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

FESTA EM HOMENAGEM AOS ERÊS DIA 29/09/2012 A PARTIR DAS 16:00HS.

No Candomblé, Erê é o intermediário entre a pessoa e o seu Orixá, é o aflorar da criança que cada um guarda dentro de si; reside no ponto exacto entre a consciência da pessoa e a inconsciência do orixá. É por meio do Erê que o Orixá expressa a sua vontade, que o noviço aprende as coisas fundamentais do candomblé, como as danças e os ritos específicos do seu Orixá.
A palavra Erê vem do yorubá, iré, que significa “brincadeira, divertimento”. Daí a expressão siré que significa “fazer brincadeiras”. O Erê (não confundir com criança que em yorubá é omodé) aparece instantaneamente logo após o transe do orixá, ou seja, o Erê é o intermediário entre o iniciado e o orixá.
Durante o ritual de iniciação no Candomblé, o Erê é de suma importância pois, é o Erê que muitas das vezes trará as várias mensagens do orixá do recém-iniciado.
O Erê às vezes confundido com Ibeji, na verdade é a inconsciência do novo omon-orixá, pois o Erê é o responsável por muita coisa e ritos passados durante o período de reclusão. O Erê conhece todas as preocupações do iyawo (filho), também, aí chamado de omon-tú ou “criança-nova”. O comportamento do iniciado em estado de “Erê” é mais influenciado por certos aspectos da sua personalidade, que pelo carácter rígido e convencional atribuído ao seu orixá. Após o ritual do orúko, ou seja, nome de iyawo segue-se um novo ritual, ou o reaprendizado das coisas chamado Apanan.
A confusão entre Ibeji e Erê é muito frequente, ao ponto que em algumas casas de candomblé e batuque Ibeji é referido como Erê (criança) que se manifesta após a chegada do orixá, em outras são cultuados como Xangô e ou Oxum crianças. Porém na verdade Ibeji é um orixá independente dos Erês. Dado o facto conhecido e recorrente de que muita gente transita entre o Candomblé e a Umbanda, é também natural que esta confusão se acentue, dados os conceitos e entendimentos diferentes que existem nas duas religiões e que muitas vezes as pessoas não conseguem diferenciar.
Na Umbanda, Erês, Ibejada, Dois-Dois, Crianças, ou Ibejis são entidades de carácter infantil, que simbolizam pureza, inocência e singeleza e se entregam a brincadeiras e divertimentos. Pedem-lhes ajuda para os filhos, para fazer confidências e resolver problemas. Geralmente supõe-se que são espíritos que desencarnaram com pouca idade e trazem características da sua última encarnação, como trejeitos e fala de criança e o gosto por brinquedos e doces. Diz-se que optaram por continuar sua evolução espiritual através da prática de caridade, incorporando em médiuns nos terreiros de Umbanda. São tidos como mensageiro dos Orixás, respeitados pelos caboclos e pretos-velhos. Geralmente, são agrupados em uma linha própria, chamada de Linha das Crianças, Linha de Yori ou Linha de Ibeji. Costumam ter nomes típicos de crianças brasileiras, como Rosinha, Mariazinha, Ritinha, Pedrinho, Paulinho e Cosminho. Seus líderes de falange incluem Cosme e Damião. Comem bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

• Entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, existe um portal. É a passagem, a fronteira entre a vida e a morte.Sua regente: Nanã. Senhora da morte, geradora de Iku (morte). Deusa dos pântanos e da Lama. Mãe da varíola, regente das chuvas, Nanã é de origem Jeje, da religião da Dassa Zumê e Savê, no Daomé, hoje conhecida com República de Benin.

A mais temida de todas os Orixás. A mais respeitada. A mais velha, poderosa e seria. Nanã é o encantamento da própria morte. Seus cânticos são súplicas para que leve Iku – a morte – para longe e quem permite que a vida seja mantida.

É a força da Natureza que o homem mais teme, pois ninguém quer morrer! Ela é a Senhora da passagem desta vida para outras, comandando o portal mágico, a passagem das dimensões.

Nas casas de Santo, Nanã é extremamente cultuada e temida, pelo poder que ostenta. É ela a mãe da varíola e se faz presente quando existe epidemia da doença.

Nanã também está presente nos lodaçais, lamaçais, pois nasceu do contanto com água com a terra, formando a lama, dando origem à sua própria vida. Em terras da África, Nanã é chamada de Iniê e seus assentamentos (objetos sagrados) são salpicados de vermelho.

Nanã é lama, é terra com contato com a água. Nanã também é o pântano, o lodo, sua principal morada e regência.

Ela é a chuva, a tempestade, a garoa. O banho de chuva, por isso, é uma espécie de lavagem do corpo, homenagem que se faz à Nanã, lavando-se no seu elemento. Por isso, não devemos blasfemar contra a chuva, que muita vezes estraga passeios, programas, compromissos, festas e acontecimentos. A chuva é a parte da vida, que vai irrigar a terra, Se ela cai demais, é porque a força da Natureza, Nanã, está insatisfeita. E, amigo... queira ver tudo, mas não queira ver a ira de Nanã. Posso lhe assegurar que não existe nada mais feio!

Considerada a Iabá (orixá feminina) mais velha, foi anexada pelos iorubanos nos rituais tal a sua importância. Nanã é a possibilidade de se conhecer a morte para se ter vida. É agradar a morte, para viver em paz. Nanã é a mãe, boa, querida, carinhosa, compreensível, sensível, bondosa, mas que, irada, não reconhece ninguém.

Nanã é o Orixá da vida, que representa a morte. E a isso devemos o máximo respeito e carinho.

• Características dos filhos de Nana Burukú


Os filhos de Nana são pessoas extremamente calmas, tão lentas no cumprimento das suas tarefas que chegam a irritar. Agem com benevolência, dignidade e gentileza. As pessoas de Nana parecem ter a eternidade à sua frente para acabar os seus afazeres; gostam de crianças e educam-nas com excesso de doçura e mansidão, assim como as avós. São pessoas que no modo de agir e até fisicamente aparentam mais idade.

Podem apresentar precocemente problemas de idade, como tendência a viver no passado, de recordações, apresentar infecções reumáticas e problemas nas articulações em geral.

As pessoas de Nana podem ser teimosas e “ranzinzas”, daquelas que guardam por longo tempo um rancor ou adiam uma decisão. Porém agem com segurança e majestade. As suas reacções bem equilibradas e a pertinência das suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.

Embora se atribua a Nana um carácter implacável, os seus filhos têm grande capacidade de perdoar, principalmente as pessoas que amam. São pessoas bondosas, decididas, simpáticas, mas principalmente respeitáveis, um comportamento digno da Grande Deusa do Daomé. 

• Mitologia

Nanã, Senhora de Dassa Zumê, mãe de Obaluaê, Ossãe, Oxumarê e Ewá, elegante senhora, nunca se meteu preocupou com o que este ou aquele fazia de sua própria vida. Tratou sempre de si e dos filhos, de forma nobre, embora tenha sido sempre precoce em tudo.

Entretanto, Nanã sempre exigiu respeito àquilo que lhe pertencia. O que era seu, era seu mesmo. Nunca fora radical, mas exigia que todos respeitassem suas propriedades.

E, mas uma vez, vemos Ogum numa historia.

Viajante, conquistador, numa de suas viagens, ogum aproximou-se das terras de Nanã. Sabia que o lugar era governado por uma velha e poderosa senhora. Se quisesse, não seria difícil tomar as terras de Nanã pois, para Ogum, não havia exercito, nem força que o detivesse. Mas Ogum estava ali apenas de passagem. Seu destino era outro, mas seu caminho atravessava as terras de Nanã. Isto ele não podia evitar e nem o importava, uma vez que nada o assustava e Ogum nada temia.

Na saída da floresta, Ogum deparou-se com um pântano, lamacento e traiçoeiro, limite do inicio das terras de Nanã. Era por ali que teria que passar. Seu caminho, em linha reta, era aquele – por pior que fosse e não importando quem dominava o lugar. O destino e objetivo de Ogum era o que realmente lhe importavam.

Parou à beira do pântano e já ia atravessá-lo quando ouviu a voz rouca e firme de Nanã:

- Esta terra tem dono. Peça licença para penetrar nela!

No que Ogum respondeu em voz alta:

- Ogum não pede, toma! Ogum não pede, exige! E não será uma velha que impedira meu objetivo!

- Peça licença, jovem guerreiro, ou se arrependerá!, retrucou Nanã com a voz baixa e pausada.

- Ogum não pede licença, avança e conquista! Para trás, velha, ou vai conhecer o fio da minha espada e a ponta de minha lança!

Dito isto, Ogum avançou pela pântano, atirando lanças com pontas de metal contra Nanã. Ela, com as mãos vazias, cerrou os olhos e determinou ao pântano que tragasse o imprudente e impetuoso guerreiro.

E assim aconteceu...

Aos poucos, Ogum foi sendo tragado pela lama do pântano, obrigando-o a lutar bravamente para salvar sua própria pele, debatendo-se e tentando voltar atrás. Ogum lutou muito, observado por Nanã, até que conseguiu salvar sua vida, livrando-se das águas pantanosas e daquela lama que quase o devorava.

Ofegante e assustado, Ogum foi forçado a recuar, mas sentenciou:

- Velha feiticeira! Quase me matou! Não atravessarei suas terras, mas vou encher este de pântano de aço pontudo, para que corte sua carne!

Nanã, impassível e calma, voltou a observar:

- Tu és poderoso, jovem e impetuoso, mas precisa aprender a respeitar as coisas. Por minhas terras não passarás, garanto!

E Ogum teve que achar outro caminho, longe das terras de Nanã. Esta, por sua vez, aboliu o uso de metais em suas terras.E, até hoje, nada por ser feito com laminas de metal para Nanã.


Frase de impacto: Sálù bá nàná burúku
Divindade que separa os espíritos trevosos da morte
Animais : Rã, galinha branca, pata branca, cabra branca, rã.
Bebida : Água da chuva, água de coco, mel e dendê.
Comida : Acaçá, pipoca, farofa de dendê, peixe cozido com pouco sal, farofa de amendoim torrado, aipim cozido no dendê, Aberem, mugunzá, efó, sarapatel, feijão com coco, pirão com batata roxa.
Cor : Branco com traços azuis ou roxos, cor anil, branco e roxo, também pode ser lilás, roxo ou azulão.
Dia : Quarta-feira.
Doenças :Erisipela, artrite, estomatite.
Domínios : Pântanos ,chuva, morte.
Elemento : Água – e terra +. 
Emblema : Iberim, cetro da nervura do dendezeiro.
Ervas : Avenca, alfavaca, hortência, sempre-viva roxa. folha da fortuna, viuvinha (trapoeraba roxa), samambaia, melão de São Caetano, manacá.
Essências : Guiné, noz moscada, camomila, cravo.
Flores : Crisântemo branco e lilás,campânula ,hibisco, violetas, flores do campo de cor lilás, lírio, orquídea, narciso, begônias.
Fruta : Laranja lima, figo, ameixa, melancia, uva escura, melão, limão, fruta do conde, coco seco, banana da terra, abacaxi, jaca.
Função : Criação e transformação.
Kizilas : multidões, instrumentos de metal.
Metal : Ouro branco, estanho, latão.
Natureza : Pântanos, lama.
Partes do corpo : Barriga, o útero, a parte genital feminina, protege as mulheres gestantes.
Pedra : Ametista.
Ritmo : O toque Jêje sató, um ritmo vagaroso e pesado, apropriado aos lentos movimentos dessa deusa que dança curvada, "varrendo" o mal. No Ketu, seu toque é o kiribotô.
Saudação : Salubá.
Símbolo : Ibiri e os bradjas , contas feitas com búzios, dois a dois, e cruzados nos peitos, indicando ascendente e descendente.

• QUALIDADES NANÃ:
Em sua passagem pela Terra, foi a primeira Iyabá e a mais vaidosa, razão pela qual segundo a lenda, desprezou o seu filho primogénito com Oxalá, Omolú, por ter nascido com várias doenças de pele. Não admitindo cuidar de uma criança assim, acabou por o abandonar no pântano. Sabendo disso, Oxalá condenou-a a ter mais filhos, os quais nasceriam todos com alguma deformação física (Oxumaré, Ewá e Ossaim), e baniu-a do reino, ordenando-lhe que fosse viver no mesmo lugar onde abandonou o seu filho, no pântano.

Nanã tornou-se uma das Iyabás mais temidas, tanto que em algumas tribos quando o seu nome era pronunciado, todos se jogavam ao chão. Senhora das doenças cancerígenas, está sempre ao lado do seu filho Omolú. É protectora dos idosos, desabrigados, doentes e deficientes visuais.

Qualidades de Nanã

Nanã Abenegi: Dessa Nanã nasceu o Ibá Odu, que é a cabaça que traz Oxumarê, Oxossi Olodé, Oya e Yemanjá.

Nanã Adjaoci ou Ajàosi: É a guerreira e agressiva que veio de Ifé, às vezes confundida com Obá. Mora nas águas doces e veste-se de azul.

Nanã Ajapá ou Dejapá: É a guardiã que mata, vive no fundo dos pântanos, é um Orixá bastante temido, ligado a lama, a morte, e a terra. Veio de Ajapá. Está ligada aos mistérios da morte e do renascimento. Destaca-se como enfermeira; cuida dos velhos e dos doentes, toma conta dos moribundos. Nela predomina a razão.

Nanã Asainan ou Asenàn: Provisoriamente sem dados inerentes a este caminho do Orixá Nanã.

Nanã Buruku ou Búkùú: Também é chamada Olú waiye (senhora da terra), ou Oló wo (senhora do dinheiro) ou ainda Olusegbe. Este Orixá veio de Abomey; ligado à água doce dos pântanos, usa um ibirí azul.

Nanã Iyabahin ou Lànbáiyn: Provisoriamente sem dados inerentes a este caminho do Orixá Nanã.

Nanã Obaia ou Obáíyá: É ligada a água e a lama. Mora nos pântanos; usa contas cristal vestes lilás e veio do país Baribae.

Nanã Omilaré: É a mais velha, acredita-se ser a verdadeira esposa de Oxalá. Associada aos pântanos profundos e ao fogo. É a dona do universo, a verdadeira mãe de Omolu Intoto. Veste musgo e cristal.

Nanã Savè: Veste-se de azul e branco, e usa uma coroa de búzios.

Nanã Ybain: É a mais temida. Orixá da varíola. Usa cor vermelha, é a principal, come directo na lagoa, dando origem a outros caminhos. Para chamá-la, a ekeji tem que ir batendo com seus otás para fazê-la pegar suas filhas.

Nanã Oporá: Veio de Ketu, coberta de òsun vermelho. É a mãe de Obaluaiyê, ligada a terra, temida, agressiva e irascível.

Nanã Xalá: Muito ligada ao Branco e a Oxalá.

Teremos ainda outros nomes, títulos ou qualidades: Inselè, Sùsùré, Elegbé, Bíodún, ìkúrè, Asaiyó, etc.


• ORIKI

Okiti Kata, Ekùn A Pa Eran Má Ni Yan Okiti Katala
leopardo que mata um animal e o como sem assá-lo

Olu Gbongbo Ko Sun Ebi Eje
Dono de uma bengala, não dorme e tem sede de sangue

Gosungosun On Wo Ewu Eje Salpicado com Osun,
seu traje parece coberto de sangue

KO Pá Eni Ko Je Oka Odun
Ele só poderá comer massa no dia da festa, se tiver matado algúem

A Ni Esin O Ni Kange
Ele tem o cavalo, ele tem o quizo

Odo Bara Otolu Rio Omi a Dake Je Pa Eni
Água adormecida que mata alguém sem preveni-lo

Omo Opara Ogan Ndanu
Filho de Opara

Sese Iba
O Orixá , respeito

Iba Iye Ni Mo Mo Je Ni Ko Je Ti Aruní
Louvo a vida e não a cabeça

Emi Wa Foribale Fun Sese
Venho prosternar-me diante do Orixá

Oluidu Pe O papa
Presto homenagem aos ancestrais

Ele Adie Ko Tuka
Aquele que tem frango, não depena vivo

Yeye Mi Ni Bariba Li Akoko
Minha mãe estava primeiramente em Bariba

Emi Ako Ni Ala Mo Le Gbe Agada
Eu o primeiro a poder usar a espada

Emi A Wa Kiyà Onile Ki Ile
Venho saudar o dono da terra para que ele me proteja

"DIA 26/07/2012 QUINTA-FEIRA SAUDASSE NANÃ " SALUBÁ NANÃ


A você Vovó que nos cerca de muito carinho, de muito amor. Que nos faz todas as vontades. Que nos dá tudo sem nada pedir. Que nos ama mais que a si própria. A você, minha querida vovó, que Deus a abençoe cada dia mais. Que nos dê a bênção de sempre tê-la conosco, nos dando muito amor, nos passando experiências, nos ouvindo com carinho, nos dengando, nos orientando, nos aconselhando, nos suportando sempre com muita paciência. Você é para nós, seus netos, um grande exemplo de experiência, de trabalho, de honestidade, de paciência, de fé, de firmeza, e principalmente de muito amor. Amamos você Vovó.
- SALUBÁ NANÃ !!

segunda-feira, 23 de julho de 2012


SÍMBOLOS: Ogó de forma fálica, falo erecto.
ELEMENTOS: Terra e fogo.
DOMÍNIOS Sexo, magia, união, poder e transformação.
SAUDAÇÃO Laroié!

• DIA: Segunda-feira
CORES: Preto, branco e vermelho.
SÍMBOLOS: Xaxará ou Íleo, lança de madeira, lagidibá.
ELEMENTOS: Terra e fogo do interior da Terra.
DOMÍNIOS: Doenças epidémicas, cura de doenças, saúde, vida e morte.
SAUDAÇÃO: Atotoó!!!
SÍMBOLOS: Ogó de forma fálica, falo erecto.
ELEMENTOS: Terra e fogo.
DOMÍNIOS Sexo, magia, união, poder e transformação.
SAUDAÇÃO Laroié!

• DIA: Segunda-feira
CORES: Preto, branco e vermelho.
SÍMBOLOS: Xaxará ou Íleo, lança de madeira, lagidibá.
ELEMENTOS: Terra e fogo do interior da Terra.
DOMÍNIOS: Doenças epidémicas, cura de doenças, saúde, vida e morte.
SAUDAÇÃO: Atotoó!!!

domingo, 22 de julho de 2012

Comemora-se o dia de NANÃ dia 26/07 Saluba Nanã

Lendas de Nanã

Nanã
Nanã fornece a lama para a modelagem do homem
Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho-de-palma, e nada. Foi então que Nana veio em seu socorro, apontou para o fundo do lago com seu ibiri, seu ceptro e arma, e de lá retirou uma porção de lama.
Nanã deu a porção de lama a Oxalá, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nana.
Oxalá criou o homem, o modelou no barro, com um sopro de Olorum ele caminhou, com a ajuda dos orixás povoou a terra. Mas tem um dia que o homem morre e seu corpo tem que retornar à terra, voltar à natureza de Nana Buruku.
Nanã deu a matéria no começo, mas quer de volta no final tudo o que é seu.
Lenda tirada do livro
Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi - 2001

Nanã proíbe instrumentos de metal no seu culto
A rivalidade entre Nanã Buruku e Ogum data de tempos, Ogum, o ferreiro guerreiro, era o proprietário de todos os metais, eram de Ogum os instrumentos de ferro e aço, por isso era tão considerado entre os orixás, pois dele todas as outras divindades dependiam.
Sem a licença de Ogum não haviam sacrifícios; sem sacrifício não havia orixá, Ogum é o Oluobé, o Senhor da Faca, todos os orixás o reverenciavam, mesmo antes de comer pediam licença a ele pelo uso da faca, o obé com que se abatiam os animais e se preparava a comida sacrificial.
Contrariada com essa precedência dada a Ogum, Nanã disse que não precisava de Ogum para nada, pois se julgava mais importante do que ele. "Quero ver como vais comer, sem faca para matar os animais", disse Ogum.
Ela aceitou o desafio e nunca mais usou a faca, foi sua decisão que, no futuro, nenhum de seus seguidores se utilizaria de objectos de metal que sacrifícios feitos a ela fossem feitos sem a faca, sem precisar da licença de Ogum.
Lenda tirada do livro
Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi - 2001

Nanã divide o seu poder sobre os Eguns com Oxalá
Na aldeia chefiada por Nanã, quando alguém cometia um crime, era amarrado a uma árvore e então Nanã chamava os Eguns para assustá-lo.
Ambicionando esse poder, Oxalá foi visitar Nanã e deu-lhe uma poção que fez com que ela se apaixonasse por ele. Nanã dividiu o reino com ele, mas proibiu sua entrada no Jardim dos Eguns. Mas Oxalá espionou-a e aprendeu o ritual de invocação dos mortos. Depois, disfarçando-se de mulher com as roupas de Nanã, foi ao jardim e ordenou aos Eguns que obedecessem "ao homem que vivia com ela "( ele mesmo).
Quando Nanã descobriu o golpe, quis reagir mas, como estava apaixonada, acabou aceitando deixar o poder com o marido.
Lenda tirada do livro
Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi - 2001


sábado, 21 de julho de 2012


• LENDAS DE OMOLÚ

Xapanã ganha o segredo da peste na partilha dos poderes
Olodumarê, um dia decidiu distribuir seus bens.
Disse aos seus filhos que se reunissem e que eles mesmos repartissem entre si as riquezas do mundo. Ogum, Exú, Orixá Ocô, Xangô, Xapanã e os outros orixás deveriam dividir os poderes e mistérios sobre as coisas na Terra.
Num dia em que Xapanã estava ausente, os demais se reuniram e fizeram a partilha, dividindo todos os poderes entre eles, não deixando nada de valor pra Xapanã. Um ficou com o trovão, o outro recebeu as matas, outro quis os metais, outro ganhou o mar. Escolheram o ouro, o raio, o arco-íris; levaram a chuva, os campos cultivados, os rios.
Tudo foi distribuído entre eles, cada coisa com seus segredos, cada riqueza com o seu mistério. A única coisa que sobrou sem dono, desprezada, foi a peste. Ao voltar, nada encontrou Xapanã para si, a não ser a peste, que ninguém quisera.
Xapanã guardou a peste para si, mas não se conformou com o golpe dos irmãos. Foi procurar Orunmilá, que lhe ensinou a fazer sacrifícios, para que seu enjeitado poder fosse maior que o do outros. Xapanã fez sacrifícios e aguardou.
Um dia, uma doença muito contagiosa começou a espalhar-se pelo mundo. Era a varíola. O povo, desesperado, fazia sacrifícios para todos o orixás, mas nenhum deles podia ajudar. A varíola não poupava ninguém, era uma mortandade. Cidades, vilas e povoados ficavam vazios, já não havia espaço nos cemitérios para tantos mortos. O povo foi consultar Orunmilá para saber o que fazer. Ele explicou que a epidemia acontecia porque Xapanã estava revoltado, por ter sido passado para trás pelos irmãos. Orunmilá mandou fazer oferendas para Xapanã. Só Xapanã poderia ajudá-los a conter a varíola, pois só ele tinha o poder sobre as pestes, só ele sabia os segredos das doenças.
Tinha sido essa sua única herança. Todos pediram protecção a Xapanã e sacrifícios foram realizados em sua homenagem. A epidemia foi vencida. Xapanã então era respeitado por todos. Seu poder era infinito, o maior de todos os poderes.
Lenda tirada do livro
Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi - 2001

Obaluaê conquista Daomé
Um dia Obaluaiyê saiu com seus guerreiros, ia em direcção à terra dos mahis, no Daomé. Obaluaiyê era conhecido como um guerreiro sanguinário, atingindo a todos com as pestes, quando estes se opunham a seus desejos.
Os habitantes do lugar, quando souberam de sua chegada, foram em busca de ajuda de um adivinho, ele recomendou que fizessem oferendas, com muita pipoca, inhame pilado, dendê e todas as comidas de que o guerreiro gostasse, pipocas acalmam Obaluaiyê, disse que seria aconselhável que todos se prostrassem diante dele, assim o fizeram.
"Totô hum! Totô hum! Atotô! Atotô!"
"Respeito! Silêncio!"
Obaluaiyê, satisfeito com a sujeição daquele povo, os poupou declamou que a partir daquele dia viveria naquele reino, assim o fez e em pouco tempo o país tornou-se próspero e rico.
Obaluaiyê recebeu nas terras mahis o nome de Sapatá, mesmo assim era preferível chamá-lo de Ainon, senhor das Terras, ou Jeholu, senhor das pérolas.
Esses diferentes nomes foram adoptados por famílias importantes, mas infelizmente provocaram desentendimentos entre elas e os reis do Daomé. Muitas vezes as famílias de Sapatá foram expulsas do reino e, em represália, muitos reis daomeanos morreram de varíola.
Tanta discórdia provocou seu nome, que hoje ninguém sabe mais qual o melhor nome para se chamar Obaluaiyê.
Lenda tirada do livro
Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi - 2001

Omolú ganha pérolas de Iemanjá
Omolú foi salvo por Iemanjá quando sua mãe, Nanã Buruku, ao vê-lo doente, coberto de chagas, purulento, abandonou-o numa gruta perto da praia.
Iemanjá recolheu Omolú e o lavou com a água do mar, o sal da água secou sua feridas, Omolú tornou-se um homem vigoroso, mas ainda carregava as cicatrizes, as marcas feias da varíola.
Iemanjá confeccionou para ele uma roupa toda de ráfia, e com ela ele escondia as marcas de suas doenças, ele era um homem poderoso, andava pelas aldeias e por onde passava deixava um rastro ora de cura, ora de saúde, ora de doença, Mas continuava sendo um homem pobre.
Iemanjá não se conformava com a pobreza do filho adoptivo, Ela pensou:
"Se eu dei a ele a cura, a saúde, não posso deixar que seja sempre um homem pobre". Ficou imaginando quais riquezas, poderia da a ele.
Iemanjá era a dona da pesca, tinha os peixes, os polvos, os caramujos, as conchas, os corais, tudo aquilo que dava vida ao oceano pertencia a sua mãe, Olocum, e ela dera tudo a Iemanjá.
Iemanjá resolveu então ver suas jóias tinha algumas, mas enfeitava-se mesmo era com algas, ela enfeitava-se com água do mar, vestia-se de espuma, ela adorava-se com o reflexo de Oxu, a Lua.
Mas Iemanjá tinha uma grande riqueza e essa riqueza eram as pérolas, que as ostras fabricavam para ela. Iemanjá, muito contente com sua lembrança, chamou Omolú e lhe disse:
"De hoje em diante, és tu quem cuidas das pérolas do mar. Serás assim chamado de Jeholu, o Senhor das Pérolas".
Por isso as pérolas pertencem a Omolú, por baixo de sua roupa de ráfia, enfeitando seu corpo marcado de chagas, Omolú ostenta colares e mais colares de pérola, belíssimos colares.
Lenda tirada do livro
Mitologia dos Orixás - Reginaldo Prandi - 2001

sexta-feira, 13 de julho de 2012

CONVERSA ENTRE EXU E OXALÁ..

O céu e a terra fundiam-se no horizonte distante, parecendo uma coisa só, como se não houvesse separação entre o mundo espiritual e o material, a consciência individual e a cósmica.

Sentado sobre uma pedra em uma enorme montanha, de cabeça baixa e olhos apenas entreabertos, Exu observava o fenômeno da natureza e refletia sobre o seu interminável trabalho.
...
_Como é difícil a humanidade – pensou em certo momento – parece nunca estar satisfeita, está sempre querendo mais e, em sua essência egoísta desarmoniza tudo, tudo... Tudo que era para ser tão simples acaba tão complicado.

Com os olhos habituados a enxergar na escuridão e na distância, Exu observou cada canto daqueles arredores. Viu pessoas destruindo a si mesmas através de vícios variados, viu maldades premeditadas e outras praticadas como se fossem atos da mais perfeita normalidade. Viu injustiças, principalmente contra os mais fracos e indefesos. Com seus ouvidos, também atentos a tudo, ouviu mentiras, palavras de maledicência, gritos de ódio e sussurros de traição.

Exu suspirou.

_Serei eu o diabo da humanidade? – pensou ironicamente, ao lembrar o quanto era associado à figura do demônio. Passou horas observando coisas que estava habituado a ver todos os dias: mentiras, fraudes, corrupção, traições, inveja, e uma gama enorme de sentimentos negativos.

Foi quando estava imerso nesses pensamentos que Exu ouviu uma voz ao seu lado, dizendo naquele tom austero, porém complacente:

_Laroyê, Senhor Falante.

Exu ergueu os olhos e vislumbrou a figura altiva de Oxalá.

_Èpa Bàbá – respondeu Exu, fazendo um pequeno movimento com a cabeça, em sinal de respeito.

_Noto que está pensativo, amigo Exu – falou Oxalá.

Exu respirou fundo, contemplou novamente o horizonte e respondeu:

_Trabalhamos tanto... e incansavelmente, mas os homens parecem não valorizar nosso esforço.

Oxalá moveu os lábios para dizer algo, mas antes que isso acontecesse, Exu, como que prevendo o que seria dito, continuou:

_Não falo em tom de reclamação, sou um trabalhador incansável e o amigo sabe disso. É com prazer que levo o que tem ser levado e retiro o que deve ser retirado. É com satisfação que abro ou fecho os caminhos, de acordo com a necessidade de cada um, é com resignação que acolho sobre minhas costas largas a culpa do mal que muitos espíritos encarnados e desencarnados fazem, não reclamo do meu trabalho. Sou Exu, para mim não existe frio ou calor, cansaço ou preguiça, existe apenas a necessidade de cumprir a tarefa para qual fui designado.

_Se mostra tão resignado e, no entanto, parece que deixa-se abater pelo desânimo – comentou Oxalá, apoiando-se em seu paxorô.

Exu soltou uma gargalhada, ao que Oxalá deu um leve sorriso, com um movimento quase imperceptível no canto direito dos lábios.

_Não sou resignado nem tampouco estou desanimado – falou Exu – estou pensativo sobre pouca inteligência dos homens. Veja só: como responsável pela aplicação da Lei Cármica observo muita coisa. Observo não apenas o sofrimento que alguns homens impõem a si mesmos, mas vejo também as incessantes oportunidades que o Universo dá a cada um dos seres que habitam a Terra. O aprendizado que tanto precisam lhes é dado por bem, mas quase nunca enxergam pelo amor, então lhes é dada a oportunidade de aprender pela dor, mas geralmente só lembram a lição enquanto a dor está a alfinetar sua carne. Com o alívio vem o esquecimento e todos os erros e vícios voltam a aflorar.

Oxalá fez menção de dizer algo, mas com o dedo em riste entre os lábios, novamente Exu o impediu de falar.

_Ouça – disse Exu, colocando a mão em concha na orelha, como se ele e Oxalá precisassem disso para ouvir melhor. E ambos ouviram o som que vinha da Terra. O som da inveja, dos maus sentimentos, da maledicência, da promiscuidade, da ganância. Exu deu outra gargalhada e disse:

_Percebe? Temos trabalho por muitos séculos ainda.

_E isso não é bom? – perguntou Oxalá, que dessa vez não deixou Exu responder e continuou:

_Pobres homens, ignorantes da própria grandeza espiritual e da simplicidade do Universo. Se não desconhecessem tanto o funcionamento das coisas, seriam mais felizes.

_Não estão preocupados em discernir o bem do mal – resmungou Exu.

_E você está, Senhor Falante? – tornou Oxalá.

Mais uma vez Exu gargalhou.

_Para mim não existe o bem ou o mal. Existe o justo, bem sabe disso.

_Então por que tenta exigir esse discernimento dos pobres homens?

_Eu conheço os caminhos – respondeu Exu um tanto irritado – para mim não existem obstáculos, todos os caminhos se abrem em encruzilhadas. Para mim as portas nunca se fecham e as correntes nunca prendem. Conheço o sutil mistério que separa aquilo que chamam de bem daquilo que chamam de mal. Não sou maniqueísta, não sou benevolente, pois não dou a quem não merece, mas também não sou cruel, pois sempre ajo dentro da Lei. Os homens, coitados, acreditam na visão simplista do bem e do mal, como se todo o Universo, em sua “complexa simplicidade” se resumisse apenas entre o bem e o mal.

_Pobres homens – repetiu Oxalá.

_Pobres homens – concordou Exu – mesmo olhando o Universo de uma forma tão simplista, dividido apenas entre bem e mal, acabam sempre demonizando tudo, achando que o mal é o melhor caminho para conseguir o que desejam ou então acreditam que são eternas vítimas do mal. E o que é pior, quase sempre eu é que sou o culpado.

_Mas é você o responsável pelo mal? – perguntou Oxalá, admirando o horizonte.

_Sou justo, apenas isso – respondeu Exu.

_Não seria a justiça uma prerrogativa de Xangô? – tornou o maior dos orixás.
Exu olhou fundo nos olhos de Oxalá e respondeu:

_Estou a serviço do Universo, de cada uma das forças que o compõe, inclusive do Senhor da Justiça.

_Isso significa que trabalha em harmonia com o Universo, caro Exu?

_Imaginei que soubesse disso – respondeu Exu, irônico como sempre.

_Acho que sempre soube. Quando observo o horizonte e vejo o céu fundindo-se à Terra, percebo o quanto o material pode estar ligado ao espiritual. Mas também lembro que o sol vai raiar e acredito que apesar de todas as dificuldades que os próprios homens criam, é possível acender a chama da fé em seus corações. Percebo o quanto eles são falhos, mas percebo também o quanto são frágeis e precisam de nós – e nesse momento pousou a mão sobre o ombro de Exu – sejam dos que trabalham na luz ou na escuridão, pois tudo faz parte do Uno e se inter-relacionam. O mesmo homem que hoje está nas profundezas mais abissais, amanhã pode ser o mensageiro da luz.

Exu olhou para os olhos de Oxalá, como se não estivesse concordando, mas dessa vez foi Oxalá quem não deixou que o outro falasse, prosseguindo com sua narrativa:

_Se não fossem os valorosos guardiões que trabalham nas regiões trevosas, dificilmente os que ali sofrem um dia alcançariam o benefício da luz. Se houvesse apenas a luz, não haveria o aprendizado, que tem como ponto de partida o desconhecimento, as trevas. O Universo tão simples é ao mesmo tempo tão inteligente, que mesmo nós, que observamos os homens a uma distância grande, às vezes nos surpreendemos com sua magnitude. Os homens são frutos que precisam amadurecer e você, amigo Exu, é a estufa que os aquece até o ponto certo da maturação e eu sou a mão que os colhe como frutos amadurecidos.

_Quem diria que trabalhamos em harmonia? – disse Exu em meio a um sorriso – acreditam que vivemos a digladiar quando na verdade trabalhamos em busca de um mesmo objetivo: o aprimoramento da raça humana.

Oxalá só não soltou uma gargalhada porque não era esse seu hábito (e sim o de Exu), mas disse sem conseguir esconder o contentamento:

_Então, companheiro Exu, não temos porque lamentar. A ignorância em que vivem os homens é sinal de que ainda temos trabalho a realizar. A pouca sabedoria que possuem significa que ainda estão muito próximos ao ponto de partida e cabe a nós, não importa se chamados de “direita” ou “esquerda”, auxiliá-los em sua caminhada, que é muito longa ainda. Apenas contemplar as mazelas dos corações humanos não irá auxiliá-los em nada. Sou a luz que guia os olhos da humanidade e você é o movimento que não a deixa estática. Se pararmos por um segundo sequer, atrasaremos em séculos e séculos o progresso da raça humana, que tanto depende de nós.

Nesse momento o sol começou a raiar timidamente no horizonte, separando o céu e a Terra. Exu levantou-se da sua pedra e se pôs a caminhar montanha abaixo.

_Aonde vai, Senhor Falante? – perguntou Oxalá, como se não soubesse.

_Vou trabalhar, Senhor dos Orixás – respondeu Exu gargalhando novamente – Esqueceu que sou um trabalhador incansável e que trabalho em harmonia com o Universo, mesmo que ele me imponha a luz do sol?

Oxalá não respondeu, mas esboçou um sorriso tímido. Assim trabalhava o Universo: sempre em harmonia. Os homens, mesmo ainda presos a tantos conceitos primários, trilhavam os primeiros passos em direção ao progresso, pois não estavam órfãos de seus orixás e protetores.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Oração a Oxum



Oração a Oxum


Orá Iiê Iiê Oxum.Salve dourada Senhora da pele de ouro,Benditas são suas águas,


... e essas mesmas águas lavam meu ser,
e me livram do mal.
Oxum,
Divina Rainha, bela Orixá,
Venha a mim caminhando na lua cheia.
Traga Mãe, em suas mãos,
Os lírios do amor e da paz.
Torne-me doce, sedutora, suave, como és.
Mamãe Oxum, me proteja, Orixá.
Que o amor seja constante em minha vida.
Que eu possa amar a tudo que existe.
Me proteja contra as mandigas e feitiçarias.
Dê a mim o néctar da sua doçura.
e que eu consiga (faça o pedido).
Mãe de ouro,
da beleza e do amor,
Senhora do mais puro Axé,
Valha-me hoje e sempre.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Dia 07/07/2012, Festa em Homenagem à pombogira Dona Sete Estrada. apartir das 20:00hs. Estrada do piaí, 90 pria da brisa.